Como seria o processo de iniciar o movimento a partir do estímulo que o impulsiona inicialmente, daquele instante que ainda não é visível até o seu último instante quando ele começa a morrer? Penso que quanto mais acionarmos o nosso olhar para estes mínimos instantes gestuais, encontraremos preciosidades que nos ajudarão a qualificar o nosso percurso artístico enquanto bailarino interprete e criadores. Outra questão seria para quem está realizando; é muito difícil fazer esta troca (de um movimento para o outro ou para o fim). Talvez os críticos possam explicar logicamente o processo de gestação de um movimento até a sua morte, mas nós fazedores sabemos o quanto é solitário e difícil, realizar um movimento consciente de seu processo. Hoje no ensaio, eu vi esse processo, e em alguns momentos senti falta dele. No momento em que vi. Foi incrível, bonito. E no que não vi ou não consegui vê, ficou um vazio como se nem todos os bailarinos estivem preparados para dançar aquele trabalho.
Acredito que a realização(para os bailarinos) vem de pequenas coisas quase imperceptíveis como os vários instantes conscientes de um movimento, o processo.
Qual o processo de construção do seu movimento?

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Percebo o quanto o nosso corpo já está mapeado, o quanto as movimentações estão em cada bailarino, apesar de algumas vezes querermos chegar ao produto final, mas a degustação de cada coisa é que faz o diferencial é o jogo entre o que já conheço e o que está por ser criado, no caso a descoberta, seria extravasar nos códigos já estabelecidos e esmiuçar cada dedo, cada giro, cada olhar.
Acredito num processo individual, que parta de cada ser que constrói, que experiência de todas as formas mais inesperadas possíveis.
Seria realmente valorizar o mínimo, pois terminaria sendo o máximo, lançar um olhar carregado de sensibilidade para detalhes no instante da construção do movimento, não esperar que o que vem fácil seja o melhor caminho.
Também a possibilidade de deixar ser conduzida por gestos mais simples, não se entregar de maneira mais rápida à beleza do movimento. Tentar realmente explicar a gestação do movimento é outra busca solitária do bailarino, mas que não deixa de sua obrigação...
Apartir desse estimulo, Nasce o processo de construção do movimento onde o objetivo é atingir a movimentação ; Temos dentro de nós várias caixas que só está esperando o momento certo para se libertar, mas parece que nosso corpo sempre ou quase sempre quer percorrer o mesmo caminho, o pré estabelecido por mim, movimentos externo, onde o belo é mais valorizado!. Quando tentamos descobrir outras possibilidades tudo vai se encontramos e começamos a descobrir o movimento interno, a busca pelo não fácil, não beleza..., não vaidade, então começa outra linguagem, onde o interno é fio condutor que me leva por caixas que não foram descorbertas, surge o movimento de dentro para fora que não precisa se grande e nem belo para se tornar maravilhoso, mas os pequenos detalhes contextualizado me leva para essa busca da qualidade contrução do movimento enquanto bailarina.
Sam Rocha
Vejo que esse é um processo lento e solitário,que é construido não apartir do movimento em si,do que já é pronto acabado,pelo contrário,acredito num crescimento interno que é construido apartir do desenvolvimento individual,construído ao logo de suas esperiências e enraizado no corpo.
Não acredito em formulas prontas,de fácil acesso e de legivel entendimento,concordo quando a Drika fala sobre degustar,sim,degustar cada momento ,sentir,conhecer...
É preciso acima de tudo conhecer,conhecer seu corpo,seu espaço,e o que vejo ser o ponto principal,é saber onde quero chegar?
Eu não fujo daquilo que o corpo que atingir, me permito ser levada pelo instimulo e intuição, pois só o corpo sabe exatamente onde quer chegar, e só depois consigo ver a forma, o caminho, o tempo e espaço influentes dos meus movimentos.
Esse processo de criação é muito perplexo, nem sempre se vai pelo mesmo caminho para chegar no movimento final, acredito que depende muito do objetivo do bailarino, dele saber realmente das intenções que provocam os estimulos internos envolventes pelos estimulos externos, para que a finalidade dos movimentos tenham sentido. E a qualidade disso é perceptível em sua atuação...
Os movimentos nunca morrem,. De tanto executar, sentir, executar, sentir, executar... Podem dormir... E quando desperta, estão mais vivos que nunca. Percebi nitidamente no ensaio de hoje, o quanto tudo que nos envolvem: ambiente, corpo, estímulos, suor, movimentos, estão marcados, o corpo possuído por tudo que experimentou e nunca deixou de existir. Borrar | apagar comentario
Não entendi o termo "perplexo"? Como assim?
O resto, percebo que o que vc escreveu se parece com a sua dança.

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