Marcelo Evelin, com uma atitude emancipada e emancipatória, realizou uma mini-residência no INTERAÇÃO E CONECTIVIDADE III, do grupo Dimenti. O Marcelo nos instigou a pensarmossentirmos que corpo somos/éramos, agoranaquele momento. Eu, artisticamente, ou seja, não era uma autobiografia, mas, claro, era uma biografia, conectei-me com um CORPOLIXO. Tinha, infelizmente, mergulhado no mar, que não cesso de amar, MAS IMUNDO, PODRE, POLUÍDO. Uma naturezacidade ou uma cidadenatureza. Não tem só cidade e nem só natureza. Saí desse mergulho com um preservativo preso nos artelhos direitos. Chorei na areia com uma tartaruguinha morta ao lado de um tubo de pasta de dente. E muito mais, pilhas, plásticos, milho, fraldas de bebê, espetinho de camarão, canudinho e gente sentada em cima. E, eu,antes do Marcelo e os amigosartistas juntos nas ideias de cada um. Lindo, obrigada! já estava escrevendo que convivemos com o lixo, não adianta esconder. Temos um lado lixo. Não é mesmo? Produzimos/somos lixo. O Sebastião Maria, artista, pinta, faz cinema e sabe de cor poesias do Castro Alves, se comoveu com as performances que fizemos em Salvador, como resultado da mini-residência com o Marcelo Evelin. Esse filme é dele, da minha performance e ele faz uma analogia inversa com a poesia do Castro Alves "Espumas flutuantes".