No SESC Consolação haverá a estreia no dia 15 de setembro do espetáculo de dança contemporânea She’s Lost Control com a Companhia Vitrola Quântica. De 15 a 18 de setembro de 2009. Terça, quarta, quinta e sexta, às 21h. Duração: 50 minutos.
Local: Espaço Beta – 3º andar – 50 lugares
Preços: R$ 10,00 (inteira); R$ 5,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, meia); R$ 2,50 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes). Ingressos à venda nas unidades do SESC e CineSESC.
Horário de funcionamento bilheteria SESC Consolação: de segunda a sexta-feira, das 12h às 22h. Sábados, das 9h às 21h. Domingos, das 14h às 19h.
SESC Consolação
Rua Dr.Vila Nova, 245
Tel: 3234-3000
Continuaremos a nossa temporada também nos teatros:
Galeria Olido
Avenida São João, 473 - Sala Paissandu - Tel. 3334-0001 -
De quinta à sábado 20hs, e domingo às 19hs.
Viga Espaço Cênico
R. Capote Valente, 1323 - Tel. 3801-1843
(6, 7, 13, 14, 20 e 21, as 21hs de outubro).
Este é o mais recente trabalho da companhia, She’s Lost Control que tem como tema central a perda de controle, abordada sob a seguinte perspectiva: o controle enquanto equilíbrio e o descontrole enquanto desequilíbrio.
She’s Lost Control é o nome de uma música da banda de rock inglesa Joy Division, que serviu de inspiração para nomear o espetáculo. A letra da música fala de uma mulher fora de controle. O autor da letra, Ian Curtis, vocalista da banda, escreveu a letra após observar uma mulher passando por um ataque epilético. Ele também sofria desta doença e suicidou-se aos 23 anos, em Manchester, na década de 1980. A companhia realizou pesquisas em obras na psicanálise, na filosofia e na literatura, de modo a encontrar palavras que auxiliassem na criação coreográfica.
Assim, foram trabalhados: o ensaio inédito A Música do Tempo Infinito, do psicanalista Tales Ab’Saber (que fala sobre a perda de controle na noite, nas boates, na balada, nas drogas, na música); o romance O Idiota, de Fiódor Dostoievski (que tem descrições impressionantes da epilepsia, que é a doença que inspirou a canção); a série de livros Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust (que descreve o descontrole ligado à memória involuntária); e os ensaios filosóficos de Walter Benjamin sobre a modernidade (que abordam a falta de controle dentro da vida urbana).
Um trecho do ensaio de Tales Ab’Saber - “Há em Berlim uma casa que nunca fecha. Aquela noite que não termina jamais de fato pode começar a qualquer momento (...) Lá todos os tempos se estendem, e noite e dia se transformam em outra coisa(...)”. - foi traduzido criativamente para uma atmosfera que permeia todo o espetáculo: uma casa noturna que nunca fecha, uma festa que jamais termina, uma experiência diferenciada do tempo, uma visão alucinógena do dia e da noite misturados, um ponto da busca da felicidade que pode converter-se em seu oposto, assim por diante. Mas não foi somente nos textos que a Cia. Vitrola Quântica foi à procura de inspiração para a dança.
A perspectiva interdisciplinar é um dos eixos estruturadores do trabalho, e por isso a companhia procurou por parcerias com renomados artistas e pensadores brasileiros. José Miguel Wisnik (músico e ensaísta), o coletivo Bijari (grupo de artistas especializados em intervenções urbanas), Eduardo Climachauska (artista plástico), Olgaria Matos (filósofa), Instituto (coletivo de produtores musicais) são alguns dos nomes que freqüentaram os ensaios e tiveram participação importante no processo criativo. Uma interdisciplinaridade que está no processo e também na própria concepção, uma vez que o espetáculo é dirigido por uma bailarina (Julia Abs) e um cineasta (Daniel Augusto).
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