CIA CÍNICA DANÇA
A Cia Cínica Dança surge em 11 de novembro de 1998 com rápidas aparições em ocasiões diversas pelo Campus da Ufal-Universidade Federal de Alagoas. Naquele momento apresentou as Performances intituladas: Linha do Caos: A Privatização está chegando e Romaria que contextualizavam uma realidade política neoliberal de privatização das universidades públicas. Os estudantes amigos de outros empreendimentos culturais e artísticos resolveram montar de forma definitiva o grupo teatral apresentando a peça teatral: Eleições à Rei...tores: Muita tragédia Para Pouco Drama, no debate entre os candidatos a rei...tores ocorrido no dia 15 de junho de 1999. Desde então, foram surgindo outros trabalhos como a peça Fragmentos de Moliére, as performances: O Dia do Índio e a coreografia: O Tiro, durante a realização do Seminário Brasil 500 Anos... De Quê ? Que discutia os 500 anos do achamento do Brasil.
Assim o grupo foi construindo uma trajetória que emergia trabalhos para eventos específicos como seminários e debates ou sobre fatos e aspectos políticos que ocorriam em Alagoas, mais precisamente dentro da Universidade, surgindo então no ano de 2000 os trabalhos: OS RATOS (Performance) com texto de Haroldo de Campos, O ANALFABETO POLÍTICO (Performance), Texto: Bertold Brech; NEOLIBERALISMO UMA FERIDA QUE CORRÓI ( Performance) ; AS BESTAS E A JUSTIÇA (Performance), AURORA (Performance).
Em 2001 surge os trabalhos: GRISÉLIA E GROSÉLIA (Sketche) para o lançamento do projeto: Ação e Transformação no Restaurante Universitário; ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO (Sketche); MEC- Movimento Extra Cultural (Intervenção Performática) durante o I Festival de Cultura e Arte da UFAL; O MUNDO GIRA resultado da oficina de Teatro realizada pelo grupo com estudantes da instituição que tinha como base o estudo da filosofia de Nietszche sendo o trabalho desenvolvido a partir do texto: As Moscas da Pça Pública do livro Assim Falava Zaratustra e novamente a peça FRAGMENTOS DE MOLIÉRE (Monólogo) com o Texto de Moliére ( Don Juan e o Tartufo), este trabalho montado em 1999 foi apresentado durante vários anos a convite de centros acadêmicos e de organizadores de eventos dentro do ambiente acadêmico.
No ano de 2002 ocorreu a intervenção Perfomática: A Fome no campus da UFAL e durante a aula inaugural sob ameaças de fechamento do restaurante universitário contando com a participação de 100 estudantes de todos os cursos da Universidade que reinvindicavam a não privatização do restaurante, que estava fechando para reforma e seria administrado por terceiros a performance : A Mulher Morrendo de Fome e os Meninos Cheirando Cola.
Em 2004 os fundadores do grupo ( Cláudio Antônio, Nilson Patricio, Márcia Sobral) mudam de cidade, respectivamente, Cláudio Antônio vai graduar-se em Dança pela Universidade Federal da Bahia em Salvador, dando continuidade aos trabalhos artísticos enfocando então a dança e o movimento, pois até então o grupo chamava-se Cia Cinica Teatro Performance, acrescentou-se então para Cia Cínica Dança Teatro Performance. Surge então a coreografia O Grande Meio Dia (2005), tendo como litmotiv o texto: Das Trẽs Metamorfoses de Nietzsche, O Cavalo (2006 ), Dez Figurações: Borboleta /Zabelê, A Sereia e O Fúria)Solo em processo
de 2007 a 2009 e em 2008 - A Arte de Varrer para baixo do Tapete (Performance).
O trabalho Dez Figurações trata-se de coreografia em dança cênica contemporânea a partir de referenciais de pesquisa em dança tradicional que vem ocorrendo desde o ano de 2000, com visitas ao barracão do mestre de Guerreiro Alagoano Manoel Venâncio. Este trabalho vem sendo realizado nos últimos nove anos , e abarca acervo bibliográfico, contato com mestres e brincantes em Alagoas, trabalhos de campo e laboratórios de corpo. A concepção da coreografia Dez Figurações tem por base o pensamento em que os aspectos processuais e formais do Guerreiro sejam articulados na composição do intérprete criador como meio de visualizá-los, reconfigurá-los e encená-los no corpo do dançarino na contemporaneidade.A seleção de figuras da brincadeira Guerreiro Alagoano foi feita a partir dos Entremeios, curtas representações dramáticas presentes no Guerreiro que gradativamente têm deixado de ser encenadas e encontram-se praticamente desaparecidas do seu repertório.
O nome do grupo faz referência aos CÍNICOS (Séc. V a.C - séc IV/V d.C). Escola de pensamento fundada em Atenas, para alguns autores, por Antístenes. O cinismo se considera herdeiro do modo de vida socrático. Os cínicos, em geral, sentiam-se, assim como Sócrates, imbuídos de uma missão; ou seja, a preocupação com a alma. No entanto, se diferenciavam de Sócrates porque não procuravam convencer pela dialética nem por qualquer outro discurso, mas pela prática de sua vivência diária e exercitavam sua liberdade de falar e agir as virtudes defendidas pelos cínicos como autárkeia (auto-suficiência, bastar-se a si mesmo) e parresía (falar abertamente, com intrepidez, com audácia).O nome da escola cínica deriva do ginásio de Cinosarges, onde Antístenes ensinava. Outra explicação é a palavra cão (em grego xýon), aceita como um qualificativo elogioso, sendo o principal representante Diógenes de Sínope.
Mais que uma doutrina, a antiga escola cínica constitui uma filosofia de vida. Esta prega a vida segundo a virtude, conseguida através do exercício, simultaneamente corporal e espiritual. O bem e a liberdade são alcançados através da dominação das necessidades e desejos, sendo o herói Hércules e seus trabalhos o ideal de autogoverno (autarquia) a ser perseguido pelo filósofo cínico. Pregam a conaturalidade entre os homens, de modo que única seja a forma de vida, sem as distinções ocorridas entre as diferentes cidades, e que cada homem seja cidadão do mundo, como se autodenominava Diógenes. Também anseiam por um retorno à vida natural, uma vez que, para estes pensadores, são o fogo e a técnica dos homens os principais criadores das necessidades humanas. Opõem-se à escravidão, uma vez que os homens são todos iguais segundo a natureza. O conhecimento útil é o que ensina a humanidade a viver bem, descobrir a si mesmo como pessoa que faz parte de um mundo que pertence a todos. Conhecimento que torna o ser humano mais virtuoso.
A Cia Cínica mantém como espaço de discussão filosófica o grupo: Cínica Filosofia, momento onde seus componentes lêem e discutem textos sobre a filosofia cínica e outros assuntos pertinentes ao processo de criação artística do grupo, como: a filosofia Nietzscheana, textos sobre dança e teatro, entre outros. Atualmente desenvolvem o Projeto Barril Elétrico, trata-se de apresentações nos espaços públicos das cidades, onde o grupo encenará suas criações, pretendendo ir de fato aonde o povo está. Para esta empreitada levará em sua bagagem cênica um barril adaptado com um aparelho de som, parecido com os carrinhos utilizados pelos vendedores de café nas ruas da cidade Salvador. Pretende-se com estas apresentações na rua a busca de reconhecimento por parte das pessoas e o fazer da arte, como ambulantes artistas. Há com este projeto uma busca de uma autarquéia cínica, onde cenicamente e cinicamente nos exibamos, ” nossa arte de cada dia nos daí hoje”. Cada dança cênica, cada ato, contribuirá com o que há de mais sagrado para o artista, “ artistar”, estar em cena, performatizar. Assim cada dança em cena potencializa o fazer do ator/dançarino. Teremos sempre platéia, teremos sempre dança, teremos sempre pão. Atualmente (2010) desenvolvem os trabalhos: Dez Figurações: O Mata Mosquito (solo em processo); a performance: Jesus Black Tie e Maria Black e a performance/cortejo: Os Cinocéfalos ou os Cabeças de Cão.
FONTE
http://diogenesapolh.sites.uol.com.br/introdu.htmhttp://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/cinicos.html FONTE
http://diogenesapolh.sites.uol.com.br/introdu.htmFONTE
http://diogenesapolh.sites.uol.com.br/introdu.htmhttp://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/cinicos.html
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