Dança oferece inclusão e interesse pela vida a pessoas com deficiência física Pesquisa avalia eficiências da dança no corpo de indivíduos com deficiência física. Atividades possibilitam abertura de espaço de interação para tomada de decisão e autonomia Por Lara Perl* laralinsperl@gmail.com Avaliar as eficiências da dança no corpo de pessoas com deficiência e promover projetos de extensão, é o trabalho desenvolvido pelo grupo de pesquisa Poéticas da Diferença, coordenado pela professora da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Fátima Daltro. As práticas do grupo de extensão “Acessibilidade em Trânsito Poético” contemplam, desde 2004, evidenciar a melhoria do equilíbrio corporal, autonomia, segurança e, principalmente, interesse pela vida. Segundo Fátima Daltro, investigar o movimento corporal do dançarino com deficiência é uma proposta relativamente nova, mas tem sido discutida e despertado o interesse em diversos setores da sociedade. “Sabe-se que as principais resistências têm como origem o preconceito, a falta de informação e da vivência com a diversidade.” Ainda de acordo com Fátima Daltro, romper essas barreiras é importante para socializar as informações sobre os modelos de inclusão e permitir que as teorias se aproximem e possam revelar a realidade emergente. Os estudos destacam, que a arte pode ser uma forma de dar voz ao “diferente”, especialmente na dança. A idéia de que cada corpo é único nas suas experiências e o discurso pode partir de todos. Grupo de dança Poética da Diferença Uma das inspirações no início da pesquisa foi Eduardo Oliveira, bailarino, cadeirante e colaborador do projeto Acessibilidade em Trânsito Poético. Ele participa do Grupo X de Improvisação em Dança, também coordenado pela Professora Fátima Daltro. Os encontros de improvisação acolhem profissionais e estudantes de diversas áreas do conhecimento (música, videodança, teatro), entre eles, pessoas com deficiência. “Com a improvisação trabalhamos a tomada de decisão, saber fazer escolhas, lidar com a frustração, o prazer do encontro com o outro e consigo mesmo. Acredito que tudo isso não fica restrito a uma sala de aula ou ensaio, levamos para a vida e para os relacionamentos,” declara Eduardo. Através da Atividade Curricular em Comunidade (ACC), um pouco de toda essa experiência está sendo levada para algumas comunidades de Salvador. “A educação não-formal ajuda a criar espaços de cidadania no local onde atua, desenvolvendo mecanismos e diálogos que possam mudar o tecido social para criar nos setores sociais geralmente invisíveis ou marginalizados, a oportunidade solucionar problemas do cotidiano”, diz Fátima. Mas confessa ser um processo lento e com poucos projetos. Este ano, um dos objetivos é o acesso em instituições e escolas da rede públicas, que dão suporte a camada menos favorecida da sociedade, através de realização de cirandas artísticas seguidas de debates interativos e disponibilização on-line dos resultados alcançados nesses encontros. Em 2011 a Professora Fátima Daltro iniciou seus estudos de Pós-Doutorado na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Barcelona. A pesquisa é centrada nas possibilidades da educação não formal como um meio para o acesso a informação, dialogando sobre processos investigativos em dança, ambiente, e o corpo das pessoas com deficiência. Ela afirma que no Brasil são muitas as barreiras arquitetônicas, sociais e políticas. O aporte teórico para essa etapa estabelece interseções entre arte e ciências. “A arte e a ciência caminham juntas. Na origem do ato criador as duas não se diferenciam, apenas trabalham em universos diferentes. Ambas formulam hipótese, imagens, ideias, na colocação de problemas, e nos métodos e estratégias para alcançar sucessos em suas investigações, são promotoras de conhecimento”, conclui pesquisadora. *Estudande de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da Ufba – Facom Saiba Mais Acessibilidade em Trânsito Poético Grupo X de Improvisação em Dança Deixe um comentário Cancelar resposta

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