Ciranda da reciclagem, reaproveitamento e renovação
Proposta
A ciranda reciclagem, reaproveitamento e renovação, objetiva viabilizar a reflexão sobre o que a sociedade chama de lixo. E como estes significados influenciam na forma como as pessoas utilizam-se dos resíduos pós consumo. Alem de suscitar uma conscientização do próprio movimento pessoal e social de descarte ou remanejamento destes resíduos.
Abordaremos também estereótipos do que esta sociedade chama de lixo e provocar através dos elementos trazidos em cena a necessidade de novos olhares sobre esta questão e trazer informações sobre possíveis soluções criativas quanto uma reutilização destes produtos e sua reciclagem. Como afirmam Maturama e Varela:
“Vivemos no mundo e por isso fazemos parte dele e compartilhamos com eles o processo vital. Construímos o mundo em que vivemos durante as nossas vidas. Por sua vez, ele também nos constrói ao longo dessa viagem comum. Assim se vivemos e nos comportamos de um modo que torna insatisfatório ano essa qualidade de vida, a responsabilidade cabe a nos” (Maturama e Varela, 1984.p 10 )

Objetivos
Levar informações que possa suscitar uma busca por soluções sustentáveis e criativas no que diz respeito a questão do lixo desde seu descarte ate seu reaproveitamento.Provocar os envolvidos para exercício de reflexão quanto a necessidade de se cuidar do seu entorno mais próximo, sua casa(nível micro), seu planeta (nível macro), que e também a sua casa. Suscitar também a questão da reciclagem como possibilidade de acessibilidade urbana, introduzindo novos valores na educação como um todo (urbanística e somática, nesse particular) e na articulação rítmica do corpo que trafega, exprimindo em seu gestual uma forma peculiar em lidar com os obstáculos.

Método
Uma ciranda onde esteja presente um jogo de sentimentos, emoções concomitantes ao processo de descarte e reaproveitamento, com reciclagem ou renovação. Apresentação de três ou quatro cenas, pessoas dramatizando jogar lixo pela janela do carro, comer chocolate ou bala e jogar o papel no chão; tomar água ou refrigerante e jogar a lata no chão. Esquematizando ficaria assim:
- Dançar e beber coca cola, e outros objetos de consumo, expor em cena as sensações que acompanham este beber ou o consumo de forma geral
- Dançar o beber e os movimentos do ônibus, o pular ou driblar obstáculos diversos ( postes,árvores, latas, resíduos descartados no ambiente externo)
- Jogar dançando, o lixo, pelas janelas do ônibus
- Transeuntes, expressam dançando suas emoções (sentimentos diversos), interagindo na cena.
- Transformando e reorganizando o espaço social.
- Todos se integram numa dança coletiva. Cada qual com suas particularidades vão compondo novas perspectivas, integrando as várias realidades do cotidiano num viés poético intuitivo, criando acessos (vias de entradas e saídas) no labirinto urbano e suas "armadilhas", das quais são passíveis qualquer pessoa (independente do teor de vulnerabilidade de cada um).
-Mostrar em cena a reciclagem como um ciclo. Onde a lata de coca-cola descartada na rua em forma de lixo, retorna a essa mesma pessoa transformada num jarro de flor. Utilizar de um esquema metafórico para resignificar a relação da sociedade com os objetos produzidos em decorrência de um consumo.

Discussão
A idéia de que o mundo e construído por nos, num processo incessante e interativo e um convite a participação ativa nessa construção. (Maturama e Varela, 1984)
Quando se considera a reação do homem com o meio em que vive e preciso considerar todos os elementos que constituem esta relação desde a ação do homem neste ambiente ate a ação do ambiente sobre este homem. Como diz Maturama e Varela quando passeamos pela praia ao fim do trajeto estaremos diferentes do que estávamos antes. E a praia também nos percebera. Terá de lidar com as pegadas deixadas na areia ou terá de lidar também com o lixo com a qual porventura a tenhamos poluído.
Por isso, a proposta de se pensar uma ciranda em que colocaremos em cena a problemática dos resíduos produzidos pelo habito do consumo. E como este social poderá remanejar estes resíduos de modo que o ambiente sofra o mínimo de impacto negativo possível. E demonstrar o quanto o próprio ser humano poderá sentir em seu corpo e em sua psique sensações diferentes e condizentes com cada atitude tomada, considerando-se em suma o ambiente que reflete em seu estado conseqüências do comportamento e da ação humana.
Como afirmam Maturama e Varela ao considerarmos os seres vivos isoladamente eles são autônomos. Mas se considerarmos seu relacionamento com o meio, torna-se claro que dependem de recursos externos para viver. Daí, que autonomia e dependência deixam de ser opostos inconciliáveis: uma complementa a outra e por ela vai-se construindo numa dinâmica circular.

Referências bibliográficas
Maturama, Humberto R. A arvore do conhecimento:as bases biológicas da compreensão humana/Humberto R.Maturana e Francisco J.Varela; tradução: Humberto Mariotti e Lia Diskin; ilustração: Carolina Vial,Eduardo Osório, Francisco Olivares e Marcelo Maturana Montanez – São Paulo: Palas Athena,2001.

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